Zéfiro

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Zéfiro é o pseudônimo da consciex amparadora do pesquisador Allan Kardec (1804-1869), relatada no livro Obras Póstumas (Oeuvres Posthumes) de 1890, e do coordenador da Psicoteca descrita no livro Cristo Espera por Ti, romance psicografado pela consciex Honoré de Balzac, significando brisa, sopro, vento brando, favorável e promissor que sopra do Oeste, no qual, segundo a mitologia grega, é a personificação deste vento, filho dos deuses Eos e Astreu.

Etimologística. O termo zéfiro vem do idioma Latim, zephþrus, e significa 'vento oeste; deus que o personifica', este vem do idioma Grego zéphuros, ou 'vento noroeste, geralmente violento ou chuvoso; deus que o personifica'. Surgiu em 1580. No idioma Francês vem de zéphyr, 'vento do oeste; deus que o personifica’. Surgiu em 1552.

Mito. O mito do vento Zéfiro ou Favónio diz que este fecundava as águas de certa região da Lusitânia tornando os cavalos dessa zona invulgarmente velozes.

Cristo Espera Por Ti.jpg Obras Postumas.jpg

Amparador Extrafísico de Allan Kardec

Kardec. No século XIX, durante as sessões parapsíquicas com mesas girantes (Parafenômeno de Tiptologia), psicografia, psicofonias e transes, realizadas na residência da família Baudin entre 1850 e 1856, surge a consciex Zéfiro. Este era o amparador extrafísico protetor das sensitivas Caroline Baudin e Julie Baudin. O pesquisador e pedagogo Hippolyte Léon Denizard Rivail, o futuro Allan Kardec (1804-1869), então é convidado junto com a esposa Amélie-Gabrielle Boudet (1795-1883), a freqüentar as sessões com o objetivo de observar a existência dos fenômenos parapsíquicos. O pai Baudin os havia conhecido numa sessão de mesa girante na casa da Sra. Planemaison, na qual Rivail aprofundava seu recente interesse pelos fenômenos espíritas.

Druida. Durante a sessão, Zéfiro dirige mensagens ao professor Denizar Rivail e este fica surpreso. Segundo Zéfiro, Hippolyte Léon Denizard Rivail havia sido um grande chefe druida, no tempo da invasão da Gália (França)pelo Imperador Romano Júlio César (100 a.C. - 44 a.C.). Os druidas eram os sacerdotes do povo celta, xamãs, etnia que habitava várias extensões da antiga Europa, tendo funções religiosas, de juízes, feiticeiros, médicos e conselheiros. Zéfiro disse que eram grandes amigos nesta época, estando ressomados juntos, e Rivail adotava, enquanto druida, o nome Allan Kardec. A partir deste momento, Rivail assume o pseudônimo de Allan Kardec.


Mensagem de Zéfiro

Mensagem. Eis uma das mensagens transmitidas pela consciex amparadora Zéfiro, relatadas no livro Obras Póstumas de 1890 (V. Kardec, Allan; Pseud. de Hyppolyte Léon Denizard Rivail; Obras Póstumas (Oeuvres Posthumes); trad. Luís Olímpio Guillon Ribeiro; 354 p.; 34 caps.; 18 x 12 cm.; br.; 12ª Ed.; Rio de Janeiro; Federação Espírita Brasileira; 1964; página 271 a 273):

Meu Espírito protetor 11 DE DEZEMBRO DE 1855 (Em casa do sr. Baudin, méd. srta. Baudin.)

Pergunta (Ao Espírito Z.) - No mundo dos Espíritos, há um deles que seja para mim um bom gênio?

Resposta Sim.

Pergunta É o Espírito de um parente ou de um amigo?

Resposta. Nem um nem outro.

Pergunta Quem foi sobre a Terra?

Resposta. Um homem justo e sábio.

Pergunta Que devo fazer para granjear a sua benevolência?

Resposta O mais de bem possível.

Pergunta Por quais sinais poderei reconhecer a sua intervenção?

Resposta Pela satisfação que sentirás.

Pergunta Há um meio de evocá-lo, e qual?

Resposta. Ter uma fé viva e pedir com empenho.

Pergunta Depois de minha morte o reconhecerei no mundo dos Espíritos?

Resposta Isso não é duvidoso; será ele que virá te felicitar, se cumprires bem a tu tarefa.

Nota. Vê-se, por essas perguntas, que eu estava ainda bem novato sobre as coisas do mundo espiritual.

Pergunta O Espírito de minha mãe vem algumas vezes me visitar?

Resposta Sim, e ela te protege tanto quanto isso seja possível.

Pergunta Freqüentemente eu a vejo em sonho; é isso uma lembrança e um efeito de minha imaginação?

Resposta Não; é bem ela que te aparece, tu deves compreendê-lo pela emoção que sentes.

Nota. Isto é perfeitamente exato; quando minha mãe me aparecia em sonho, eu sentia uma emoção indescritível, o que o médium não poderia saber.

Pergunta Quando, há algum tempo, evocamos S, e lhe perguntamos se poderia ser o gênio protetor de um de nós, ele respondeu: <<Mostre-se um de vós digno disso, e estarei com esse; Z. vo-lo dirá.>> Julgas que eu poderei merecer esse favor?

Resposta Se tu o queres.

Pergunta Que é preciso fazer para isso?

Resposta Fazer todo o bem que encontrares por fazer e suportar as penas da vida com coragem.

Pergunta Estou apto, pela natureza de minha inteligência, para penetrar, tanto quanto é permitido ao homem fazê-lo, as grandes verdades de nossa destinação futura?

Resposta Sim, tens a aptidão necessária, mas o resultado dependerá da perseverança no trabalho.

Pergunta Posso concorrer para a propagação dessas verdades?

Resposta Sem dúvida.

Pergunta Por quais meios?

Resposta Sabê-lo-ás mais tarde; à espera, trabalha.


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